"É preciso mostrar aos alunos que o trabalho e a vida deles são uma parte do trabalho e da vida do país"
MAKARENKO nasceu em 13/03/1888,em Belopólie(Ucrânia),em uma típica família da região: seu pai trabalhava como pintor nas oficinas do sistema ferroviário nacional. Aos 7 anos, foi matriculado na escola primária, cujo curso tinha duração de dois anos. Aos 12 anos mudou-se com toda sua família para Kremenchug, na vila de Kriúkov, onde viveu sua juventude e iniciou sua atividade pedagógica. MAKARENKO dedicou 30 anos de sua vida à atividade pedagógica. Nesse tempo, mais de três mil crianças passaram sob seu atento olhar. Dedicou os últimos 15 anos de sua vida à aplicação prática e ao aperfeiçoamento do sistema de educação soviético, tendo criado um belo coletivo de educandos e educadores.
Se engajou na luta pelo socialismo como um educador marxista, que lutava para educar os filhos do povo soviético como homens a serviço de sua pátria e do socialismo. Concebeu um modelo de escola baseado na vida em grupo, na autogestão, no trabalho e na disciplina. Suas experiências baseavam-se na prática e na teoria da educação comunista, apontando a vida como a principal educadora do homem. Acreditava que o educador não deveria isolar a criança, e sim, utilizar formas pedagógicas para transforma - lá em um novo homem, organizando assim, a sua vida sob um olhar pedagógico e objetivo educacional comunista. Para MAKARENKO as atividades das crianças deveriam ser ricas de conteúdo, útil no sentido social pelo seu caráter e racional no aspecto pedagógico. Sua metodologia era da coletividade educativa, trabalho socialmente produzido e utilização da autoridade carismática do educador.
Sua pedagogia baseava-se na utilização do enorme potencial coletivo e se apoiava na combinação contínua e coerentemente mantida da instrução escolar com o trabalho coletivo, bem como na autoridade carismática do educador, sustentando-se a partir de uma nova concepção de mundo, concepção do proletariado, iluminada pelo marxismo.
Sua mais marcante experiência deu-se de 1920 a 1928, na direção da "Colônia Gorki", instituição rural que atendia crianças e jovens órfãos que haviam vivido na marginalidade. Lá ele pôs em prática um ensino que privilegiava a vida no coletivo e a disciplina consciente.
Sua pedagogia tornou-se conhecida por transformar centenas de crianças e adolescentes marginalizados em cidadãos.
O método criado por ele era uma novidade porque organizava a escola como coletividade e levava em conta os sentimentos dos alunos na busca pela felicidade aliás, um conceito que só teria sentido se fosse para todos. O que importava eram os interesses da comunidade e a criança tinha privilégios impensáveis na época, como opinar e discutir suas necessidades no universo escolar.
Mais que educar, com rigidez e disciplina, ele quis formar personalidades, criar pessoas conscientes de seu papel político, cultas, sadias e que se tornassem trabalhadores preocupados com o bem-estar do grupo, ou seja, solidários.
Makarenko aprendeu tudo na prática, na base de acertos e erros, primeiro na escola da Colônia Gorki e, em seguida, na Comuna Dzerjinski. Cada etapa de suas experiências foi registrada em relatórios, textos e livros. As dificuldades e os desafios têm muitos paralelos com os dos professores de hoje.
A saída encontrada há quase um século correspondia às necessidades da época, mas servem de reflexão para buscar soluções atuais e entender a educação no mundo.
Proteger a infância A idéia do coletivo surge como respeito a cada aluno, oposta à visão de massificação que despersonaliza a criança. O grupo estimula o desenvolvimento individual. Como a instituição familiar estava em crise, essa foi a alternativa encontrada pelo educador para proteger a infância de seu país. O sentimento de grupo não era uma idéia abstrata. Tinha raízes nos ideais revolucionários e Makarenko soube como transformá-la em algo concreto.
Valorizar a disciplina Para que a vida em comunidade desse certo, era essencial que cada aluno tivesse claras suas responsabilidades. Makarenko era conhecido como um educador aberto, mas rígido e duro. Ele acreditava que o planejamento e o cumprimento das metas estabelecidas por todos só se concretizariam com uma direção muito firme. Por isso, os alunos tinham consciência de que a disciplina não era um fim, mas um meio para o sucesso da vida na escola. O descumprimento de uma norma podia ser punido severamente, desde que alunos e professores assim o desejassem, depois de muita discussão. Envolver a família Makarenko publicou em 1938, incompleto, o Livro dos Pais. O objetivo era mostrar a importância da participação da família na escola e como educar as crianças em tempos difíceis. O educador ucraniano fazia questão da presença dos pais, que eram estimulados a participar de atividades culturais e recreativas. A escola tinha o papel de orientar a família, que deveria encará-la como um órgão normativo. Pais muito "melosos" ou ausentes seriam incapazes de educar uma pessoa forte, madura e inteligente. "O carinho, como o jogo e a comida, exige certa dosagem", dizia.
Makarenko na escola: o aluno ganha voz
Makarenko queria formar crianças capazes de dirigir a própria vida no presente e a vida do país no futuro. Exercícios físicos, trabalhos manuais, recreação, excursões, aulas de música e idas ao teatro faziam parte da rotina. A escola tinha que permitir o contato com a sociedade e com a natureza, ou seja, ser um lugar para o jovem viver a realidade concreta e participar das decisões sociais.
MAKARENKO nasceu em 13/03/1888,em Belopólie(Ucrânia),em uma típica família da região: seu pai trabalhava como pintor nas oficinas do sistema ferroviário nacional. Aos 7 anos, foi matriculado na escola primária, cujo curso tinha duração de dois anos. Aos 12 anos mudou-se com toda sua família para Kremenchug, na vila de Kriúkov, onde viveu sua juventude e iniciou sua atividade pedagógica. MAKARENKO dedicou 30 anos de sua vida à atividade pedagógica. Nesse tempo, mais de três mil crianças passaram sob seu atento olhar. Dedicou os últimos 15 anos de sua vida à aplicação prática e ao aperfeiçoamento do sistema de educação soviético, tendo criado um belo coletivo de educandos e educadores.
Se engajou na luta pelo socialismo como um educador marxista, que lutava para educar os filhos do povo soviético como homens a serviço de sua pátria e do socialismo. Concebeu um modelo de escola baseado na vida em grupo, na autogestão, no trabalho e na disciplina. Suas experiências baseavam-se na prática e na teoria da educação comunista, apontando a vida como a principal educadora do homem. Acreditava que o educador não deveria isolar a criança, e sim, utilizar formas pedagógicas para transforma - lá em um novo homem, organizando assim, a sua vida sob um olhar pedagógico e objetivo educacional comunista. Para MAKARENKO as atividades das crianças deveriam ser ricas de conteúdo, útil no sentido social pelo seu caráter e racional no aspecto pedagógico. Sua metodologia era da coletividade educativa, trabalho socialmente produzido e utilização da autoridade carismática do educador.
Sua pedagogia baseava-se na utilização do enorme potencial coletivo e se apoiava na combinação contínua e coerentemente mantida da instrução escolar com o trabalho coletivo, bem como na autoridade carismática do educador, sustentando-se a partir de uma nova concepção de mundo, concepção do proletariado, iluminada pelo marxismo.
Sua mais marcante experiência deu-se de 1920 a 1928, na direção da "Colônia Gorki", instituição rural que atendia crianças e jovens órfãos que haviam vivido na marginalidade. Lá ele pôs em prática um ensino que privilegiava a vida no coletivo e a disciplina consciente.
Sua pedagogia tornou-se conhecida por transformar centenas de crianças e adolescentes marginalizados em cidadãos.
O método criado por ele era uma novidade porque organizava a escola como coletividade e levava em conta os sentimentos dos alunos na busca pela felicidade aliás, um conceito que só teria sentido se fosse para todos. O que importava eram os interesses da comunidade e a criança tinha privilégios impensáveis na época, como opinar e discutir suas necessidades no universo escolar.
Mais que educar, com rigidez e disciplina, ele quis formar personalidades, criar pessoas conscientes de seu papel político, cultas, sadias e que se tornassem trabalhadores preocupados com o bem-estar do grupo, ou seja, solidários.
Makarenko aprendeu tudo na prática, na base de acertos e erros, primeiro na escola da Colônia Gorki e, em seguida, na Comuna Dzerjinski. Cada etapa de suas experiências foi registrada em relatórios, textos e livros. As dificuldades e os desafios têm muitos paralelos com os dos professores de hoje.
A saída encontrada há quase um século correspondia às necessidades da época, mas servem de reflexão para buscar soluções atuais e entender a educação no mundo.
Proteger a infância A idéia do coletivo surge como respeito a cada aluno, oposta à visão de massificação que despersonaliza a criança. O grupo estimula o desenvolvimento individual. Como a instituição familiar estava em crise, essa foi a alternativa encontrada pelo educador para proteger a infância de seu país. O sentimento de grupo não era uma idéia abstrata. Tinha raízes nos ideais revolucionários e Makarenko soube como transformá-la em algo concreto.
Valorizar a disciplina Para que a vida em comunidade desse certo, era essencial que cada aluno tivesse claras suas responsabilidades. Makarenko era conhecido como um educador aberto, mas rígido e duro. Ele acreditava que o planejamento e o cumprimento das metas estabelecidas por todos só se concretizariam com uma direção muito firme. Por isso, os alunos tinham consciência de que a disciplina não era um fim, mas um meio para o sucesso da vida na escola. O descumprimento de uma norma podia ser punido severamente, desde que alunos e professores assim o desejassem, depois de muita discussão. Envolver a família Makarenko publicou em 1938, incompleto, o Livro dos Pais. O objetivo era mostrar a importância da participação da família na escola e como educar as crianças em tempos difíceis. O educador ucraniano fazia questão da presença dos pais, que eram estimulados a participar de atividades culturais e recreativas. A escola tinha o papel de orientar a família, que deveria encará-la como um órgão normativo. Pais muito "melosos" ou ausentes seriam incapazes de educar uma pessoa forte, madura e inteligente. "O carinho, como o jogo e a comida, exige certa dosagem", dizia.
Makarenko na escola: o aluno ganha voz
Makarenko queria formar crianças capazes de dirigir a própria vida no presente e a vida do país no futuro. Exercícios físicos, trabalhos manuais, recreação, excursões, aulas de música e idas ao teatro faziam parte da rotina. A escola tinha que permitir o contato com a sociedade e com a natureza, ou seja, ser um lugar para o jovem viver a realidade concreta e participar das decisões sociais.
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